Muito Velho Para o Rock'n'roll: Muito Novo Para Morrer
O velho roqueiro usava seus cabelos longos demais.
Usava as bainhas da calça muito apertadas.
Fora de moda até o fim, bebia cerveja excessivamente light.
Cinto com fivela de caveira, sonhos de ontem.
Um profeta do apocalipse de cafés de beira de estrada.
Sem anunciar mudanças em suas costuras duplas.
Em seu brilho de filhinho de papai do pós-guerra.
Agora ele está velho demais para o Rock'n'Roll, mas está jovem demais para morrer.
Uma vez ele teve uma Harley-Davidson* e uma Triumph Bonneville.
E contava seus amigos em velas de motor queimadas
e reza para que ele continue contando.
Mas ele é o último dos garotos subornadores de sangue azul.
Todos os seus companheiros estão cumprindo pena:
Casado, com três filhos por aí pelo anel rodoviário.
No fim das contas, venderam suas almas.
E alguns deles têm carros esportes
E se encontram no clube de tênis.
Para beber no domingo - trabalhar na segunda-feira.
Eles jogaram fora seus sapatos de camurça azul**
Agora estão velhos demais para o Rock'n'Roll e jovens demais para morrer.
Então o velho roqueiro traz para fora a sua motocicleta
Para completar mil quilômetros antes de se aposentar
Na A1, perto de Scotch Corner
como costumava ser
E enquanto ele voa, lágrimas nos olhos,
suas palavras espalhadas pelo limpador de pára-brisas ecoam o ato final
e ele atinge a auto-estrada a quase 120
sem espaço para frear
E ele era velho demais para o Rock'n'Roll, mas ele era jovem demais para morrer.
Não, você nunca é velho demais para o Rock'n'Roll se é jovem demais para morrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário